Religião
“Testemunho de Lukaku”, destaque da Bélgica
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Um dos destaques da surpreendente Bélgica, que eliminou o Brasil nesta sexta (6), o atacante Romelu Lukaku, foi visto orando no gramado após os jogos ou apontando para os céus após marcar gols. Católico devoto, ele já falou várias vezes sobre a importância da fé em sua vida.
Enquanto disputa a vaga de artilheiro nesta edição da Copa do Mundo, ele valoriza ainda mais o seu passe. Atualmente no Manchester United, tem salário de aproximadamente 9,6 milhões de libras por ano (R$ 50 milhões). Sua contratação custou 75 milhões de libras aos cofres do clube, mas sua vida nem sempre foi fácil.
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Logo que a Copa começou, uma carta-testemunho, escrita pelo atacante falando sobre sua infância, viralizou nas redes sociais do mundo inteiro. O camisa 9 contou nela como conviveu com a pobreza antes de ser um atleta profissional.
“Eu me lembro do momento exato em que soube que estávamos quebrados. Ainda consigo visualizar minha mãe na geladeira e o olhar no rosto dela”, contou ele logo no início da carta, narrando eventos que aconteceram quando ele tinha apenas seis anos de idade.
“Naquele dia, cheguei em casa e entrei na cozinha, onde vi minha mãe na geladeira com uma caixa de leite, como sempre. Mas, naquela vez, ela estava misturando algo. Ela estava balançando, sabe? Eu não entendi o que estava acontecendo. Ela trouxe o almoço e estava sorrindo, como se tudo estivesse bem. Mas eu percebi na hora o que estava acontecendo. Ela estava misturando água no leite”, continuou.
“Eu não disse nenhuma palavra. Não queria deixar a minha mãe pior. Só comi o meu almoço. Juro por Deus que eu fiz uma promessa pra mim mesmo naquele dia. Era como se alguém tivesse estalado os dedos e me acordado. Eu sabia exatamente o que eu tinha que fazer e o que eu ia fazer”, explica o jogador.
“No futebol, as pessoas gostam sempre de falar de força mental. Bom, eu sou o cara mais forte que você vai conhecer na vida. Porque eu me lembro que me sentava no escuro com o meu irmão e a minha mãe, rezando, pensando, acreditando, sabendo que um dia iria acontecer”, explica ele, que demorou 13 anos para ver realizado seu sonho.
Aos 16 anos e 11 dias Lukaku tornou-se jogador de futebol profissional pelo clube belga Anderlecht. No ano seguinte, chegou à Seleção, mas precisou lidar com muitas críticas. “De repente, a imprensa estava me colocando lá em cima e jogando muita expectativa nas minhas costas. Especialmente na Seleção. Por algum motivo, eu não estava jogando bem pela Bélgica. Não estava dando certo. Mas espera um pouco, eu tinha 17 anos! Quando as coisas iam bem, eu lia os jornais e eles me chamavam de Romelu Lukaku, o atacante belga. Quando as coisas não iam bem, eles me chamavam de Romelu Lukaku, o atacante belga descendente de congoleses”, lembra.
Hoje, ele afirma que não sente mais tanta pressão e tem apenas motivos para agradecer. Seu pai Roger Lukaku, declarou à imprensa belga recentemente: “Romelu é muito religioso. Ele sempre tenta dar graças a Deus. No total, ele faz orações de 10 a 15 vezes por dia, na maioria das vezes em silêncio. Ele não usa nenhum símbolo religioso nem nenhum amuleto especial de boa sorte. No clube, Romelu reza nos vestiários, em campo e durante as sessões de treinamento. Romelu nunca esquece de agradecer a sua família. Demos a ele uma educação cristã, onde a fé e a família são importantes”.
Com informações de Player’s Tribune